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Escrito por Max Vieira

Editado e revisto por António Pimentel

Quanto cobra banco pelo crédito habitação

O crédito habitação vai muito além da prestação mensal. Existem comissões, seguros e produtos associados que aumentam o custo total. Saber quanto cobra o banco em cada fase do contrato é essencial para fazer boas escolhas. Compara, simula e protege o teu dinheiro com informação clara.

Quanto cobra o banco pelo crédito habitação em cada fase do contrato e porque importa saber tudo

Ao contratar um crédito habitação, é comum focarmo-nos apenas nos juros mensais ou no valor da prestação. No entanto, essa visão parcial pode sair cara. Na verdade, quanto cobra o banco pelo crédito habitação vai muito além dos juros: envolve um conjunto de encargos financeiros diretos e indiretos, que incidem sobre todas as fases do contrato início, vigência e encerramento. Ignorar estes custos pode comprometer o orçamento familiar a longo prazo e dificultar a comparação real entre propostas de diferentes instituições.

Desde logo, o contrato começa com despesas iniciais como a comissão de abertura, avaliação do imóvel, formalização e registro da hipoteca. São montantes que variam entre bancos, mas que podem atingir várias centenas de euros e devem ser pagos logo na celebração do contrato. É também comum que o banco imponha a contratação de seguros obrigatórios, como o seguro de vida e o seguro multirriscos, muitas vezes com entidades seguradoras do próprio grupo bancário, o que pode encarecer ainda mais o pacote global.

Durante a vigência do crédito, surgem comissões de gestão de conta, encargos administrativos periódicos, e sobretudo o custo dos produtos associados obrigatórios como cartões de crédito, débitos diretos, contas ordenado ou domiciliação de serviços. Estes produtos não são verdadeiramente “gratuitos”, pois muitas vezes têm anuidade, comissões ou exigem movimentações mínimas, o que representa custos indiretos mensais e um vínculo forçado com o banco.

Fatores que influenciam quanto cobra banco pelo crédito habitação

Existem múltiplos fatores que determinam quanto cobra o banco pelo crédito habitação, e nem todos são imediatamente visíveis no valor da prestação mensal. O primeiro fator é o spread, ou seja, a margem de lucro do banco aplicada sobre a taxa de referência (como a Euribor). Um spread mais elevado traduz-se em juros mais altos ao longo do contrato.

Outro fator importante são os produtos associados exigidos: cartões de crédito, domiciliação de ordenado, seguros obrigatórios e contas específicas que, na prática, geram receitas paralelas para o banco. Quanto mais produtos forem exigidos, maior será o custo indireto suportado pelo cliente. A avaliação do risco de crédito, a estabilidade profissional, a idade do mutuário e o rácio financiamento/garantia (loan-to-value) também influenciam os custos cobrados, pois definem o grau de risco assumido pela instituição.

Por fim, os custos legais e operacionais como registos, escrituras e impostos podem variar dependendo do banco, da zona geográfica e do tipo de crédito (compra, construção ou transferência). Todos estes elementos juntos determinam o valor final a pagar.


Comissões obrigatórias e custos adicionais: quanto cobra banco pelo crédito habitação

Saber antecipadamente quais são estas comissões, em que momento são aplicadas e se estão ou não sujeitas a negociação permite ao cliente ter um maior controlo sobre os encargos e evitar surpresas desagradáveis após a contratação. Importa ainda referir que algumas destas comissões são obrigatórias por norma interna da instituição financeira, enquanto outras podem ser dispensadas ou revistas com base no perfil do cliente, na relação contratual estabelecida ou na concorrência entre bancos. A seguir, listamos as comissões mais comuns que ajudam a perceber quanto cobra o banco pelo crédito habitação:

  1. Comissão de dossier: Cobrada pela análise e montagem do processo de crédito.

  2. Comissão de avaliação do imóvel: Pagamento pela vistoria e emissão do relatório técnico do imóvel.

  3. Comissão de formalização: Custo relativo à preparação da documentação jurídica e administrativa.

  4. Comissão de gestão: Em alguns casos, cobrada anualmente pela manutenção do crédito.

  5. Comissão de amortização antecipada: Penalização cobrada quando o cliente decide pagar parte ou a totalidade do empréstimo antes do prazo.

  6. Comissão de transferência: Aplica-se quando o cliente muda o crédito para outro banco.

  7. Despesas de registo e escritura: Encargos com cartório e conservatória para formalizar a operação.

Saber antecipadamente quais destas comissões se aplicam ao teu contrato é essencial para evitar encargos inesperados.

Quanto cobra banco pelo crédito habitação através de produtos associados

Além das comissões diretas, os bancos impõem frequentemente um conjunto de produtos financeiros associados que, embora apresentados como opcionais, acabam por ser uma condição implícita para aceder às melhores propostas comerciais. Estes produtos são incluídos na negociação como parte integrante do contrato e estão muitas vezes ligados à obtenção de spreads mais baixos, tornando-se praticamente obrigatórios para quem procura uma prestação mensal reduzida. Na prática, o cliente é incentivado a aceitar estes serviços para beneficiar de condições mais vantajosas, o que pode parecer um bom negócio à primeira vista.

Contudo, cada um destes produtos tem custos próprios, regras de funcionamento distintas e impacto no custo total do crédito. Muitos consumidores não se apercebem de que estão a assumir encargos adicionais mensais ou anuais que, ao longo dos anos, representam centenas ou milhares de euros extra. Importa ainda referir que, embora seja legal a imposição destes produtos como condição contratual, o cliente tem o direito de ser informado do seu impacto financeiro exato e de poder optar por alternativas fora do banco, nomeadamente no caso dos seguros. A seguir, indicamos os produtos mais frequentemente associados ao crédito habitação e que influenciam diretamente quanto cobra o banco pelo crédito habitação:

  1. Seguro de vida: Obrigatório para proteção do banco e, em certos casos, do cliente. Pode ser contratado no banco ou fora mas optar pelo banco pode implicar custos superiores.

  2. Seguro multirriscos habitação: Exigido para proteger o imóvel contra riscos como incêndio, inundações ou roubo.

  3. Cartão de crédito com utilização mínima: Muitas vezes obrigatório, com comissão anual e exigência de utilização mensal.

  4. Domiciliação de ordenado: Usada para garantir fluxo financeiro na conta do banco.

  5. Débitos diretos de serviços: Como eletricidade ou telecomunicações, exigidos para manter condições promocionais.

Todos estes produtos implicam encargos mensais ou anuais adicionais, e o seu custo deve ser incluído na análise global de quanto cobra o banco pelo crédito habitação.


Diferença entre quanto cobra banco pelo crédito habitação em taxa variável e taxa fixa

A estrutura de custos de um crédito habitação varia conforme o tipo de taxa contratada. Em contratos com taxa variável, o valor da prestação mensal oscila com a Euribor, e o spread tende a ser mais competitivo. No entanto, existe o risco de subida futura da taxa, o que afeta o custo total do empréstimo.

Já nos contratos com taxa fixa, o valor da prestação mantém-se estável durante todo o período acordado, o que oferece previsibilidade. Contudo, o spread é geralmente mais elevado e as penalizações por amortização antecipada podem atingir os 2%, contra os 0,5% na taxa variável.

Além disso, alguns bancos aplicam comissões distintas consoante o tipo de taxa. Por exemplo, a avaliação de risco pode ter custo diferenciado, e a margem de negociação sobre seguros ou produtos associados tende a ser mais limitada em contratos fixos. Por isso, escolher entre taxa variável ou fixa não depende apenas da estabilidade da prestação, mas também de quanto cobra o banco pelo crédito habitação ao longo do tempo.

Quanto cobra banco pelo crédito habitação em operações de transferência

Transferir um crédito habitação para outra instituição pode ser uma excelente estratégia para melhorar condições financeiras nomeadamente reduzir o spread, rever prazos ou ajustar a prestação mensal. No entanto, esta decisão implica custos adicionais que devem ser cuidadosamente avaliados. Saber quanto cobra o banco pelo crédito habitação neste tipo de operação é essencial para confirmar se a poupança prometida na nova proposta compensa os encargos da transferência. A seguir, apresentamos os principais custos envolvidos neste processo:

  1. Comissão de amortização antecipada
  2. O banco de origem pode aplicar uma penalização por liquidação antecipada do crédito, se tal estiver previsto contratualmente. Este valor varia consoante o tipo de taxa: até 0,5% em taxa variável e até 2% em taxa fixa.


  3. Comissão de abertura no novo banco
  4. O banco para o qual o crédito será transferido pode cobrar uma comissão pela análise, aprovação e formalização do novo contrato.


  5. Comissão de avaliação do imóvel
  6. Será necessário realizar uma nova avaliação do imóvel, com custos suportados pelo cliente. Este valor pode variar entre instituições, mas é geralmente obrigatório.


  7. Despesas de registo e conservatória
  8. A transferência envolve o cancelamento da hipoteca existente e a constituição de uma nova garantia, o que implica custos notariais e de registo predial.


  9. Custo com seguros
  10. Caso o novo banco exija contratação de novos seguros (vida ou multirriscos), estes podem ter valores diferentes dos anteriores, afetando o custo mensal global.


  11. Custos operacionais e administrativos
  12. Alguns bancos podem ainda cobrar encargos administrativos diversos, associados à emissão de documentos ou gestão da transição.


Mesmo com estas despesas, a transferência pode ser vantajosa. O mais importante é comparar o custo total da nova proposta com os encargos da operação e simular a poupança a médio e longo prazo para decidir com base em dados concretos.


Quanto cobra banco pelo crédito habitação no custo total efetivo do empréstimo

O custo total do crédito habitação não se mede apenas pela prestação mensal. O indicador mais fiável é o TAEG (Taxa Anual Efetiva Global), que inclui todos os encargos cobrados: juros, comissões, seguros e produtos associados. Esta taxa reflete, com mais transparência, quanto cobra o banco pelo crédito habitação ao longo de todo o contrato.

É fundamental comparar a TAEG entre diferentes propostas, mesmo quando os spreads parecem semelhantes. Pequenas diferenças em comissões ou nos custos dos seguros podem traduzir-se em milhares de euros ao longo de 30 anos. Por isso, avaliar o custo efetivo global e não apenas a prestação é a melhor forma de tomar uma decisão financeira sólida e consciente.



FAQS Quanto cobra banco pelo crédito habitação

Não fiques só pelos juros! Há muitos custos escondidos no crédito habitação. Aprende a identificar cada um e toma decisões mais inteligentes.

Os bancos são obrigados a divulgar todos os custos do crédito habitação?

Sim. A lei obriga os bancos a fornecer a FINE com todos os custos discriminados, antes da assinatura do contrato.

Posso recusar os produtos associados exigidos pelo banco?

Tecnicamente sim, mas isso pode implicar um aumento do spread ou alteração das condições propostas.

Quanto cobra banco pelo crédito habitação se amortizar antecipadamente?

Depende do contrato: 0,5% em taxa variável e até 2% em taxa fixa, se estiver previsto.

A TAEG inclui todos os custos que o banco cobra pelo crédito habitação?

Sim. A TAEG é o melhor indicador para saber quanto vais pagar, pois inclui juros, comissões e produtos obrigatórios.

Posso transferir crédito e pagar menos do que o banco atual cobra?

Sim. Se o novo banco oferecer melhores condições, podes poupar mesmo considerando os custos de transferência.

Author
Artigo redigido por António Pimentel

Especialista em Crédito Hipotecário

Consultor hipotecário com experiência no setor financeiro. Especializado em operações com garantia hipotecária, análise de viabilidade e otimização de condições de financiamento.

Especialista em Crédito Hipotecário

Consultor hipotecário com experiência no setor financeiro. Especializado em operações com garantia hipotecária, análise de viabilidade e otimização de condições de financiamento.

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