Escrito por Max Vieira

Editado e revisto por António Pimentel

Prazo crédito habitação

O prazo do crédito habitação define quanto pagas por mês e no total do empréstimo. Neste artigo explicamos tudo: limites legais, impacto da idade, como simular cenários e evitar armadilhas financeiras. A Finandon compara propostas de mais de 20 bancos por ti, sem complicações!

Prazo crédito habitação: guia completo para escolher com segurança

Escolher o prazo crédito habitação é uma das decisões mais importantes quando estás a financiar a compra da tua casa. Este prazo vai determinar não só o valor mensal da sua prestação, como também o custo total que pagarás ao banco em juros, a tua margem de manobra financeira ao longo dos anos e até o risco de entrarem em incumprimento caso surjam imprevistos. Quanto mais longo o prazo, mais leves tendem a ser as prestações mas também maior será o valor total pago no final do contrato. Já prazos mais curtos exigem um esforço mensal superior, embora reduzam substancialmente os encargos com juros.

Saber encontrar o equilíbrio certo entre conforto financeiro e poupança a longo prazo é o que diferencia uma decisão prudente de um compromisso arriscado. Neste artigo, explicamos com detalhe tudo o que precisas saber para escolher o prazo crédito habitação mais adequado ao seu perfil, desde os limites legais em vigor em Portugal até às simulações práticas que deves considerar antes de assinar qualquer contrato. Também verás como a Finandon, enquanto consultora especializada e independente, pode ajudar-te a analisar o teu caso gratuitamente, comparar propostas de mais de 20 bancos e encontrar o prazo que melhor serve os teus objetivos, sem complicações.

Prazo crédito habitação: o que é e por que é tão determinante?

O prazo do crédito habitação refere-se ao período total estabelecido no contrato durante o qual o mutuário se compromete a devolver à entidade financeira o montante emprestado, acrescido dos respectivos juros. Este prazo é definido no momento da contratação do crédito e influencia diretamente o valor das prestações mensais, o custo total do empréstimo e a sua viabilidade em função da capacidade financeira do cliente. Durante este período, são realizados os pagamentos periódicos geralmente mensais que englobam tanto a amortização do capital como o pagamento dos juros contratados. A escolha do prazo deve ser feita com cuidado, tendo em conta não só a idade do mutuário, mas também a sua estabilidade financeira, os objetivos de vida e a evolução esperada do seu rendimento ao longo do tempo. Trata-se de uma decisão com impacto financeiro a longo prazo, que deve considerar tanto o equilíbrio do orçamento mensal como o montante total a pagar ao banco.

Esse prazo é determinante porque:

  1. Define quanto tempo pagarás juros prazos mais longos implicam mais juros totais.

  2. Afeta o valor da prestação mensal, prazos mais longos reduzem a prestação mensal, prazos mais curtos elevam-na.

  3. Influencia o risco de endividamento quanto mais tempo, mais vulnerável o mutuário fica a choques económicos.

  4. Está sujeito a regras e limites legais/regulamentares, especialmente em Portugal (Banco de Portugal).

Quando escolhes o prazo crédito habitação, estás a equilibrar entre mensalidades mais manejáveis e custo total inferior. Um prazo curto pode apertar as tuas finanças mensais; um prazo longo pode pesar no total dos juros.


Como escolher o melhor prazo crédito habitação para o teu perfil financeiro

Escolher o prazo crédito habitação ideal exige uma análise cuidada do teu perfil financeiro e das tuas perspetivas de vida. Começa por avaliar os teus rendimentos futuros, considerando se esperas aumentos salariais, promoções ou mudanças de carreira que possam influenciar a tua capacidade de pagamento. Em seguida, reflete sobre a percentagem do teu rendimento mensal que estás disposto a comprometer com a prestação. Os bancos impõem limites de taxa de esforço para garantir que consegues suportar o crédito sem comprometer outras despesas essenciais.

Outro fator essencial é o teu horizonte de estabilidade. Se tens planos para mudar de cidade, país ou profissão nos próximos anos, talvez não seja sensato assumir um prazo demasiado longo. Também deves considerar o custo total do crédito, já que uma prestação mensal mais baixa pode parecer confortável no imediato, mas um prazo demasiado extenso significa pagar muito mais juros ao longo dos anos.

Por isso, é fundamental simular diferentes cenários com prazos de 20, 25, 30 ou 35 anos e comparar não apenas o valor mensal a pagar, mas também o custo final do empréstimo. Além disso, garante que o contrato oferece alguma margem de flexibilidade. A possibilidade de amortizar antecipadamente ou de renegociar o prazo sem penalizações pode fazer toda a diferença ao longo do tempo. Se quiseres, podemos fazer simulações personalizadas com base no teu perfil e ajudar-te a encontrar o prazo crédito habitação mais equilibrado para ti.

Prazo crédito habitação em Portugal: limites legais, regras do Banco de Portugal e prática bancária

O prazo crédito habitação em Portugal está sujeito a regras específicas que visam garantir a sustentabilidade dos financiamentos e proteger tanto os consumidores como as instituições financeiras. Desde abril de 2022, o Banco de Portugal passou a recomendar limites máximos de duração para novos contratos de crédito à habitação, consoante a idade dos mutuários. Para quem tem até 30 anos de idade, o prazo máximo recomendado é de 40 anos. Entre os 30 e os 35 anos, esse limite desce para 37 anos. Já para quem tem mais de 35 anos, o prazo máximo aconselhado é de 35 anos.

Além dessas recomendações, existe uma prática comum entre os bancos portugueses: a idade do mutuário no final do contrato não deve ultrapassar, em regra, os 75 anos. Isto significa que mesmo que a recomendação legal permita um prazo mais longo, a idade do cliente pode reduzir significativamente a duração possível do crédito. Esta limitação aplica-se de forma ainda mais rigorosa nos casos de crédito à habitação secundária, onde algumas instituições impõem prazos máximos inferiores, como 30 anos, mesmo quando o cliente está dentro de uma faixa etária que permitiria um prazo mais alargado.

Nos contratos com dois titulares, é sempre a idade do mais velho que conta para determinar o limite máximo de prazo. Esta abordagem tem como objetivo reduzir o risco de incumprimento e assegurar que o crédito será liquidado ainda dentro de uma fase ativa da vida financeira dos mutuários. Por isso, ao solicitar um crédito, o banco analisa cuidadosamente a idade, o perfil financeiro e aplica internamente essas regras, mesmo que, à primeira vista, os prazos recomendados pareçam mais flexíveis.


Vantagens e desvantagens de um prazo crédito habitação mais longo

Quando aceitas um prazo de crédito habitação mais extenso, estás a optar por uma solução que pode parecer vantajosa à primeira vista, mas que implica um conjunto de benefícios e compromissos que devem ser analisados com atenção. Por um lado, um prazo mais alargado permite reduzir o valor das prestações mensais, tornando o esforço financeiro mensal mais leve e acessível, especialmente em fases de maior instabilidade e incerteza económica. Por outro lado, essa escolha implica um custo total mais elevado ao longo da vida do empréstimo, devido ao aumento acumulado dos juros pagos. Além disso, um prazo mais longo prolonga a tua exposição ao risco de variações nas taxas de juro (se tiveres um contrato com taxa variável), bem como a possíveis alterações nas tuas condições pessoais ou profissionais. É, por isso, fundamental avaliar cuidadosamente a tua capacidade de endividamento e os teus objetivos de médio e longo prazo antes de decidir o número de anos a contratar para o seu crédito habitação.

Vantagens

  1. Prestação mensal mais baixa
  2. Torna o crédito mais acessível ao reduzir o esforço mensal necessário para pagar a prestação.

  3. Maior flexibilidade para outros compromissos financeiros
  4. Permite manter folga orçamental para despesas do dia a dia, poupanças ou outros créditos.

  5. Acesso facilitado ao crédito para quem tem rendimentos mais baixos
  6. Em muitos casos, um prazo mais longo é a única forma de conseguir aprovação do banco.

Desvantagens

  1. Maior custo total em juros
  2. Quanto mais longo o prazo, mais tempo os juros são aplicados o que aumenta significativamente o custo final do crédito.

  3. Maior exposição a variações da taxa de juro (no caso de taxa variável)
  4. Um prazo extenso amplia o risco de futuras subidas de juros ao longo dos anos.

  5. Menor flexibilidade para mudanças ou liquidação antecipada
  6. Pode ser mais difícil alterar condições ou saldar o crédito sem custos significativos.

Uma boa estratégia é evitar, por padrão, o prazo mais longo possível. Muitas vezes, encontrar um ponto de equilíbrio entre valor mensal suportável e custo total do crédito é a escolha mais inteligente e mais sustentável.

Prazo crédito habitação e idade: até quando posso contratar?

O prazo do crédito habitação que podes escolher está diretamente condicionado pela tua idade atual ou, em caso de haver mais do que um titular no contrato, pela idade do mutuário mais velho. Esta regra é aplicada por praticamente todas as instituições financeiras em Portugal, pois está alinhada com o princípio de responsabilidade na concessão de crédito e com a avaliação do risco de incumprimento. Existem limites claros definidos tanto pela legislação em vigor como pelas práticas de mercado, que visam garantir que o crédito seja totalmente reembolsado antes de o titular atingir uma determinada idade, normalmente entre os 70 e os 80 anos.

Esta limitação é relevante porque determina não só o prazo máximo possível, mas também pode influenciar a aprovação ou não do financiamento, dependendo da sua situação pessoal e do valor solicitado. Assim, quanto mais avançada for a idade do titular (ou do co-titular mais velho), menor será o prazo disponível para pagar o empréstimo, o que pode resultar em prestações mensais mais elevadas e exigir um maior esforço financeiro.

  1. Até 30 anos de idade
  2. Podes contratar crédito com prazo até 40 anos, desde que não ultrapasses os limites máximos no final do contrato.

  3. Entre 30 e 35 anos
  4. O prazo máximo recomendado é de 37 anos, refletindo o tempo restante até ao limite de idade imposto pelos bancos.

  5. Mais de 35 anos
  6. O prazo máximo costuma ser 35 anos, mesmo que estejas numa boa condição financeira.

  7. Limite de idade no fim do contrato
  8. Muitos bancos impõem que no momento da última prestação não tenhas mais de 75 anos, independentemente do prazo inicial.

Por isso, a idade é uma das variáveis mais críticas ao definir o prazo crédito habitação. Mesmo com boa capacidade financeira, as restrições etárias impostas pelos bancos e pelas recomendações do Banco de Portugal devem ser avaliadas com atenção desde o início.

Como encurtar ou alargar o prazo crédito habitação após a contratação

Depois de contratar um crédito, é natural que surjam mudanças na tua vida financeira que levem à vontade de alterar o prazo crédito habitação. Embora seja possível, é um processo que exige atenção e análise detalhada. Se tiveres acesso a capital extra, como uma herança ou poupança, podes optar por uma amortização antecipada do empréstimo. Com isso, é possível pedir ao banco a redução do prazo, mantendo a prestação mensal ou até diminuindo-a, o que reduz o custo total dos juros.

Em situações de maior dificuldade financeira, é também possível renegociar ou reescalonar o contrato com o banco, pedindo o alargamento do prazo para aliviar o valor da prestação mensal. No entanto, este processo pode implicar a negociação de novos termos, como alterações na taxa de juro, aplicação de comissões ou outras condições. Outra alternativa é o refinanciamento através de outro banco: neste caso, contratas um novo crédito com prazo diferente e liquidas o anterior, embora seja importante considerar os custos associados, como comissões, avaliações e escrituras.

Também é recomendável verificar se o contrato original prevê cláusulas específicas para revisão ou modificação do prazo sem penalizações. Nem todas as instituições permitem esta flexibilidade, por isso é essencial confirmar as condições. Por fim, é importante ter em mente que alterar o prazo tem impacto direto no custo do crédito: encurtar o prazo aumenta a prestação, mas reduz os juros totais pagos; alargar o prazo reduz a prestação mensal, mas implica um encargo maior em juros ao longo do tempo. Se quiseres, posso partilhar contigo exemplos reais de contratos em que estas alterações foram feitas com sucesso pode ajudar-te a decidir com mais confiança.


Erros a evitar ao definir o prazo crédito habitação

Escolher o prazo do crédito habitação é uma decisão estratégica que influencia diretamente não só o valor das prestações mensais, mas também o custo total do empréstimo ao longo do tempo. Infelizmente, muitos portugueses, seja por falta de informação ou pela urgência em concretizar a compra da casa, acabam por cometer erros que podem comprometer seriamente a sua saúde financeira. Um dos deslizes mais comuns é optar automaticamente pelo prazo máximo permitido, apenas porque “é possível”, sem considerar que isso pode resultar no pagamento de juros significativamente mais altos ao longo dos anos. Outro erro frequente é desvalorizar o impacto de eventuais subidas da taxa de juro, especialmente em contratos com taxa variável, onde um prazo mais longo pode amplificar o custo total do crédito em momentos de subida das Euribor. Também é comum ignorar os custos acessórios, como seguros e comissões, que variam consoante a duração do contrato e que, somados, alteram substancialmente o encargo real do financiamento. Além disso, muitas pessoas não deixam margem de manobra para enfrentar imprevistos como desemprego, doença ou quebras de rendimento, comprometendo a sustentabilidade do crédito.

A ausência de flexibilidade contratual para realizar amortizações antecipadas ou revisões do prazo sem penalizações é outro fator que pode dificultar a adaptação a mudanças futuras. Finalmente, é um erro grave não simular e comparar diferentes prazos 20, 25, 30 ou 35 anos para perceber o impacto real de cada cenário no orçamento mensal e no custo total. Evitar estes erros é fundamental para garantir que o prazo do seu crédito habitação seja não só financeiramente ajustado à tua realidade, mas também sustentável e vantajoso no médio e longo prazo.



FAQS Prazo crédito habitação

Escolher o prazo certo do crédito habitação pode poupar-te milhares. Descobre como encontrar o equilíbrio entre prestação mensal e custo total, com dicas práticas, regras do Banco de Portugal e apoio gratuito da Finandon. Decide com confiança e evita erros comuns

Qual o prazo mínimo possível para um crédito habitação?

O prazo mínimo varia conforme o banco, mas geralmente é entre 5 a 10 anos. Embora prazos curtos reduzam juros, as prestações podem ser muito elevadas.

Posso pedir que o prazo crédito habitação acabe antes da idade de reforma?

Sim, muitos mutuários preferem terminar o crédito antes da reforma para evitar encargos nessa fase. Basta escolher um prazo adequado ao calcular inicialmente.

O prazo crédito habitação influencia o spread que o banco me oferece?

Sim, prazos muito longos são considerados de maior risco pelos bancos, o que pode resultar em spreads mais altos ou exigência de garantias adicionais.

Se vender a casa antes do fim do prazo crédito habitação, o que acontece?

Ao vender, o crédito deve ser liquidado antes ou no momento da transação. Se houver saldo devedor, ele é pago com o valor da venda; o restante (se houver) reverte para ti.

Alterar o prazo crédito habitação implica custos bancários?

Sim, possivelmente haverá comissões (revisão contratual, avaliação, reembolso antecipado parcial) ou necessidade de novo contrato. Verifica as cláusulas contratuais antes de proceder.

Author
Artigo redigido por António Pimentel

Especialista em Crédito Hipotecário

Consultor hipotecário com experiência no setor financeiro. Especializado em operações com garantia hipotecária, análise de viabilidade e otimização de condições de financiamento.

Especialista em Crédito Hipotecário

Consultor hipotecário com experiência no setor financeiro. Especializado em operações com garantia hipotecária, análise de viabilidade e otimização de condições de financiamento.

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