Escrito por Ana González

Editado e revisto por Eva Rampani

Fiadores Crédito Habitação

Os fiadores no crédito habitação assumem a responsabilidade de pagar o empréstimo caso o titular não consiga cumprir com as prestações. Esta exigência é comum quando o banco considera que o proponente não tem rendimentos suficientes ou apresenta risco elevado.


Fiadores Crédito Habitação

Os fiadores crédito habitação são pessoas que assumem a responsabilidade legal de pagar o empréstimo à habitação de outra pessoa, caso esta não consiga cumprir com as suas obrigações. Este mecanismo é uma garantia adicional para os bancos, e é frequentemente exigido quando o perfil financeiro do cliente principal não é considerado suficientemente sólido.

Em Portugal, esta figura jurídica é bastante comum, especialmente entre jovens compradores ou famílias com rendimentos mais baixos ou instáveis. Ter um fiador pode fazer a diferença entre conseguir ou não a aprovação do crédito.

Qual é o papel do fiador?

Ser fiador implica assumir um compromisso sério. O fiador torna-se responsável pelo pagamento do crédito da mesma forma que o titular principal, caso este falhe.

  • Responsabilidade subsidiária ou solidária, dependendo do contrato: pode ser chamado a pagar apenas depois do devedor principal ou logo em simultâneo.
  • Obrigação de pagamento das prestações vencidas, juros e despesas associadas, caso o titular falhe.
  • Risco sobre o seu próprio património pessoal, incluindo contas bancárias, ordenado e bens.

Na Finandon, avaliamos sempre a viabilidade de crédito antes de envolver fiadores, procurando alternativas quando possível para proteger todas as partes envolvidas.

Quem pode ser fiador crédito habitação em Portugal?

Os fiadores crédito habitação devem cumprir determinados requisitos legais e financeiros para serem aceites pelos bancos. Esta análise é criteriosa, pois o fiador passa a ser parte integrante do contrato de crédito, com riscos reais e responsabilidades exigíveis.

Principais requisitos para ser fiador

  1. Rendimentos compatíveis com o crédito: O fiador tem de ter rendimentos suficientes para garantir a dívida caso o titular falhe. Em geral, os bancos analisam a taxa de esforço do fiador, preferindo que esta não ultrapasse 35% a 40% dos rendimentos líquidos.
  2. Sem dívidas em incumprimento: Ter o nome limpo no Banco de Portugal é essencial. Qualquer registo negativo pode ser motivo de exclusão automática como fiador.
  3. Situação profissional estável: Contratos sem termo, vínculos públicos ou pensões vitalícias são preferidos pelos bancos, pela previsibilidade dos rendimentos.
  4. Idade e perfil patrimonial equilibrado: Alguns bancos impõem limites de idade para fiadores (por exemplo, até 75 anos no final do contrato), e valorizam quem tem imóveis próprios ou poucas dívidas.
  5. Residência fiscal em Portugal: Embora alguns bancos aceitem emigrantes como fiadores, é mais comum exigirem residência fiscal portuguesa para efeitos legais e de execução.

Quando os bancos exigem fiadores crédito habitação

Os fiadores crédito habitação são exigidos pelos bancos em situações em que o risco de incumprimento do cliente principal é considerado elevado. Esta exigência é uma prática comum e perfeitamente legal, prevista na autonomia contratual das instituições financeiras.

Situações mais comuns que levam à exigência de fiadores

  • Rendimentos insuficientes ou instáveis: Quando os rendimentos mensais do cliente não asseguram a cobertura confortável das prestações do empréstimo, o banco pode condicionar a aprovação à apresentação de um fiador.
  • Taxa de esforço elevada: A taxa de esforço ideal ronda os 30% a 35%. Se as prestações do crédito projetado excederem esse limite, o banco pode exigir um fiador como compensação do risco adicional.
  • Emprego temporário ou vínculo precário: Clientes com contratos a termo, em período experimental ou trabalhadores independentes com rendimentos irregulares têm maior probabilidade de precisar de fiador.
  • Primeiro crédito habitação: Jovens entre os 18 e os 30 anos, especialmente se ainda não têm histórico bancário ou património, são frequentemente sujeitos à exigência de um fiador.
  • Histórico bancário com incidentes: Mesmo que a situação atual esteja regularizada, registos anteriores de incumprimento podem levar o banco a solicitar um fiador como medida de proteção.

Na Finandon, avaliamos sempre o perfil de risco do cliente e estudamos alternativas antes de recorrer a fiadores. O nosso objetivo é encontrar soluções viáveis e sustentáveis, com ou sem garantias adicionais.

Direitos e deveres do fiador crédito habitação

Aceitar ser fiador crédito habitação é uma decisão com implicações legais significativas. Por isso, é fundamental conhecer os seus direitos, mas também os deveres e riscos associados.

Principais deveres do fiador

  • Cumprir a obrigação de pagamento em caso de incumprimento do devedor principal. O fiador é legalmente obrigado a assumir o pagamento da dívida, incluindo capital, juros e encargos.
  • Responder com o seu património pessoal. Caso o titular falhe, os bens do fiador — como salários, contas bancárias, imóveis ou carros — podem ser penhorados.
  • Manter-se informado sobre o estado do crédito. O fiador tem o dever de acompanhar a situação do empréstimo, embora o banco nem sempre comunique diretamente com ele.

Direitos do fiador

  • Benefício da excussão prévia (caso não tenha renunciado): permite exigir que o banco execute primeiro os bens do devedor antes de acionar o fiador.
  • Direito à informação: pode solicitar ao banco detalhes sobre o estado do contrato de crédito.
  • Direito de regresso: caso pague a dívida, o fiador pode exigir judicialmente esse valor ao devedor principal.

Atenção à renúncia ao benefício da excussão

Muitos contratos de crédito incluem uma cláusula onde o fiador renuncia ao benefício da excussão prévia. Isso significa que o banco pode ir diretamente ao fiador sem precisar esgotar primeiro todos os meios contra o titular do crédito. Esta cláusula é legal e frequente, mas deve ser compreendida antes de assinar.

Na Finandon, asseguramos que todos os envolvidos num crédito compreendem as implicações contratuais, especialmente os fiadores. Prestamos aconselhamento claro e transparente em todo o processo.

Riscos e cuidados ao aceitar ser fiador crédito habitação

Aceitar ser fiador crédito habitação implica riscos reais e, muitas vezes, mal compreendidos. É essencial que a decisão seja tomada com total consciência das obrigações assumidas.

Principais riscos para o fiador

  • Responsabilidade total sobre a dívida: Se o titular do crédito falhar, o fiador responde por tudo: capital em dívida, juros, comissões e custos judiciais.
  • Penhora de rendimentos ou bens: O fiador pode ver o seu salário penhorado, contas congeladas ou imóveis executados, mesmo que nunca tenha tirado proveito do crédito.
  • Impacto na taxa de esforço pessoal: A dívida em que o fiador entra pode ser contabilizada no seu próprio mapa de responsabilidades, dificultando futuros créditos (por exemplo, comprar uma casa ou carro em nome próprio).
  • Duração prolongada da obrigação: O fiador mantém-se responsável durante toda a vigência do crédito — que pode durar 30 ou mais anos — salvo se for formalmente substituído ou libertado.
  • Impossibilidade de revogação unilateral: Um fiador não pode simplesmente desistir de ser fiador. É necessário acordo do banco e substituição por outra garantia.

Cuidados essenciais antes de assinar

Avaliar se está disposto e capaz de assumir a dívida integral: Nunca assinar por impulso ou por pressão emocional. A decisão deve ser financeira, não apenas afetiva.

  • Ler cuidadosamente o contrato: Verificar se renuncia ou não ao benefício da excussão prévia e conhecer as cláusulas de execução.
  • Conversar abertamente com o titular do crédito: A confiança entre as partes é fundamental. É recomendável estabelecer acordos prévios sobre o que fazer em caso de dificuldades.
  • Consultar um consultor financeiro ou advogado: Um profissional pode explicar as implicações legais e financeiras específicas do contrato.

Na Finandon, explicamos todas as implicações legais antes de qualquer assinatura. Se for mesmo necessário um fiador, garantimos que todas as partes compreendam o risco e que existem cláusulas equilibradas no contrato.

Como deixar de ser fiador crédito habitação

Ser fiador num crédito à habitação é um compromisso de longa duração, que só pode ser terminado em condições muito específicas. Ao contrário do que muitos pensam, não é possível desistir de ser fiador por iniciativa própria — mesmo que a relação pessoal com o titular do crédito mude ou termine.

Possibilidades legais para deixar de ser fiador

  • Liquidação total do crédito: O fiador é automaticamente libertado das suas obrigações quando a dívida é totalmente paga. Este é o cenário mais direto.
  • Substituição do fiador por outro: O titular do crédito pode propor ao banco a substituição do fiador. O novo fiador terá de apresentar todos os documentos e cumprir os critérios exigidos. O banco pode aceitar ou recusar.
  • Renegociação do crédito sem fiador: Se o titular principal melhorar o seu perfil financeiro (ex: salário mais alto, redução de encargos), pode tentar renegociar o crédito. O banco pode dispensar o fiador se considerar que já não é necessário.
  • Transferência do crédito para outra instituição: Em alguns casos, ao transferir o crédito habitação para outro banco, é possível negociar novas condições, incluindo a exclusão do fiador.
  • Situações em que o fiador continua vinculado: Mesmo após divórcios, afastamentos familiares ou rutura de relações, o fiador continua legalmente obrigado se o contrato de crédito se mantiver ativo.

A morte do fiador não extingue a dívida — a responsabilidade pode passar para os herdeiros, dentro dos limites da herança.

Na Finandon, estudamos sempre formas de evitar a necessidade de fiadores ou, quando são indispensáveis, negociamos cláusulas que permitam a substituição futura. O nosso foco é sempre a segurança jurídica e financeira de todas as partes.

Alternativas aos fiadores crédito habitação

Nem sempre é possível — ou desejável — recorrer a fiadores crédito habitação. Felizmente, existem alternativas viáveis que os bancos podem aceitar como forma de reforçar a segurança do empréstimo.

Principais alternativas ao fiador

  • Entrada inicial mais elevada (maior sinal): Se o cliente conseguir entregar uma percentagem maior do valor do imóvel como entrada, reduz o risco para o banco, que pode dispensar o fiador.
  • Garantia hipotecária adicional: Pode ser apresentado outro imóvel como garantia complementar. Esta solução é comum em situações em que um familiar tem uma casa paga e aceita colocá-la como colateral.
  • Aval bancário (caução financeira): Algumas instituições permitem constituir um depósito a prazo como caução do crédito, funcionando como reserva de emergência.
  • Seguro de proteção ao crédito: Embora não substitua completamente o fiador, alguns bancos aceitam seguros que garantem o pagamento em caso de desemprego ou morte, reduzindo o risco.
  • Empréstimo conjunto com co-titular: Em vez de um fiador, pode-se associar ao crédito um segundo titular com rendimentos próprios. Este co-titular é solidariamente responsável desde o início.
  • Recorrer a intermediários como a Finandon: Ao trabalhar com um intermediário especializado como a Finandon, é possível apresentar o processo de forma mais forte e estruturada, o que pode evitar exigências adicionais como fiadores.
  • Fiadores Crédito Habitação: Ser ou precisar de fiadores crédito habitação é uma realidade comum em Portugal, especialmente quando o perfil financeiro do titular do crédito apresenta fragilidades. No entanto, trata-se de uma responsabilidade legal séria, com impactos profundos tanto para o fiador como para o titular.

É fundamental compreender todos os riscos, direitos e deveres associados antes de assinar qualquer contrato. Um fiador pode ver-se legalmente obrigado a assumir uma dívida que não contraiu, o que exige prudência, análise e aconselhamento adequado.

Na Finandon, oferecemos uma abordagem 100% digital e humana para tratar de financiamentos com e sem fiadores. A nossa equipa analisa gratuitamente o teu perfil financeiro, negocia com mais de 20 bancos parceiros e apresenta-te as melhores soluções — seja para encontrares alternativas ao fiador, seja para garantires que tudo está juridicamente seguro.

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FAQs Fiadores Crédito Habitação

No crédito habitação, os fiadores garantem o pagamento do empréstimo se o titular falhar com as suas obrigações. Esta figura é frequentemente exigida quando o banco avalia que há insuficiência de rendimentos ou risco associado ao cliente.

Quais são as condições para ser fiador crédito habitação?

É necessário ter rendimentos estáveis, bom histórico bancário, e uma taxa de esforço aceitável. O banco avalia o fiador como se estivesse a conceder-lhe um crédito próprio.

Quanto tempo dura a obrigação de ser fiador crédito habitação?

O fiador mantém-se responsável enquanto o crédito estiver ativo, podendo essa obrigação durar 30 anos ou mais, salvo substituição ou liquidação do empréstimo.

Posso deixar de ser fiador crédito habitação?

Só é possível sair do contrato com acordo do banco, substituição por outro fiador ou transferência do crédito. Não é possível revogar a fiança unilateralmente.

Quais os riscos de ser fiador crédito habitação?

O fiador pode ser chamado a pagar a dívida total, ter rendimentos ou bens penhorados e ver afetada a sua própria capacidade de obter crédito no futuro.

Porque escolher a Finandon para tratar de crédito com fiador?

Na Finandon oferecemos análise gratuita, contacto direto com consultores (sem call centers), e negociações personalizadas com mais de 20 bancos. Ajudamos-te a evitar exigências desnecessárias e protegemos legalmente todas as partes envolvidas.

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Artículo verificado por Eva Rampani

Directora de Crédito

Directora de análisis y control financiero con más de 8 años de experiencia en el sector. Responsable de supervisar perfiles de créditos financieros y análisis de riesgos .

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Directora de análisis y control financiero con más de 8 años de experiencia en el sector. Responsable de supervisar perfiles de créditos financieros y análisis de riesgos .

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